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Sou psicóloga, formada pela UERJ em 2005. Tenho mestrado e doutorado em Psicologia Social, ambos pela UERJ. Faço especialização em terapia de casal e família e possuo curso de extensão em Arteterapia. Coordenei, durante 5 anos, o Espaço Terapêutico Percepção, no centro do RJ, com outras duas psicólogas. Atualmente, atendo na Ilha do Governador. Faço psicoterapia com jovens, adultos, idosos e casais, além de psicologia do esporte em consultório e orientação profissional. Trabalho, também, no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Marinha do Brasil), com psicologia clínica e do esporte. Fui professora de Gestalt-terapia e Psicologia do Esporte na Universidade Santa Úrsula e do curso de especialização em Psicologia do Esporte do UniIBMR. Ofereço supervisão clínica na abordagem gestáltica. Contato: adriana_aes@hotmail.com Ver meu currículo completo: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=N312279

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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Terapia e poesia

Este texto foi escrito por uma pessoa que atendi no ano passado, após um lindo processo terapêutico. Seu compartilhamento na internet fez parte do processo e, claro, foi autorizado pela pessoa. Um dos objetivos é ajudar outras pessoas que possam, através dessas lindas palavras, se encontrar.

"Eu me perdi somente para me encontrar.
Eu me perdi somente para me entender.
Eu me perdi inúmeras vezes para me encontrar inúmeras vezes.
Fui aos limites deste mundo, viajei para longe.
Cheguei aos limites do real, até onde a sanidade poderia me acompanhar.
Enquanto eu estava lá, assistia de longe a minha ruína.
Pedaço a pedaço, me vi cair.
Pedaço a pedaço, me vi sumir.
Assisti ao caos tomando conta de tudo o que via pela frente.
La nos limites do mundo, aceitei o medo que me impediu de seguir adiante.
La nos limites do mundo, entendi as sombras de mim mesmo.
La nos limites do mundo, lutei para encontrar meu caminho de volta - mas ainda não era hora.
Enquanto agonizava pelo desespero de ver as ruínas, me cansei.
Então assisti. Observei.
Me despi de todos os outros.
Me despi da dor que me fora forçada.
Me despi das dores desse mundo.
Até que enxerguei, lá de longe, a minha própria dor.
Ah, como ela era bonita. Minha única companheira por tanto tempo.
Lá dos limites do mundo, não havia mais o que fazer.
Eu deixara minha dor desprotegida e ela, assim como todo o resto, entrou em ruína.
E eu me despedi dela também.
Eu me perdi inúmeras vezes para me encontrar.
Nunca um mesmo eu.
Inúmeras jornadas aos limites deste mundo.
Nunca o mesmo caminho.
Sempre o mesmo encontro.
Avante! Nada há de me deter de mim mesmo.
Nada há de me distanciar tanto ao ponto de não poder voltar.
Eu voltei inúmeras vezes dos limites deste mundo.
Eu fui e voltei.
Eu fui e voltei.
Eu fui e voltei.
Nunca um mesmo eu.
Nunca um mesmo caminho.
Sempre o mesmo encontro.
Há segredos nesta terra que te levam aos limites do mundo.
Há segredos em mim mesmo que me levam aos caminhos de volta.
Eu me perdi somente para me encontrar.
Eu me despi de todo o sofrimento.
Lutei contra as forças do irreal.
Assisti a minha própria ruína.
E foi aí que me encontrei.
Na nudez, no vazio, no nada, entendi.
Então pude voltar.
Somente quando não havia mais pra onde voltar.
Somente quando tive a liberdade de escolher para onde iria.
Somente quando tive espaço para amar.
Então, entendi.
Então, me senti vivo.
Neste exato instante estou pronto para ser feliz.
Há segredos nesta terra que te mostram os caminhos do amor.
Há segredos nesta terra que te mostram os caminhos até você mesmo.
A vida é o aqui. O amor é o agora."

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